Este texto vai de encontro com a necessidade do assunto ser tratado com seriedade pela nossa sociedade. Vai de encontro também com uma importância que o nosso segmento de energia solar deve dar ao assunto. Em dezembro de 2019 escrevemos pela primeira vez sobre a reciclagem de painéis solares e o texto é, até hoje, o mais acessado de nosso blog.

Pois bem, o que mudou ou avançou realmente nesse último ano em relação ao tema?

Sabemos que o relógio está correndo rápido e é preciso agir. Digamos que a “primeira onda” de descarte de painéis solares vai começar aqui no Brasil a partir de 2025, já que começamos a adotar em massa a energia solar a partir dos anos 2000 e os fabricantes de placas solares indicam um tempo de uso de 25 a 30 anos.

Por aqui já existem empresas que estão trabalhando nesta frente. Em Santa Catarina, por exemplo, conhecemos a empresa SunR, com escritório em Florianópolis e que trabalha no sistema de parcerias com fabricantes, integradores e consumidores, realizando a coleta e separação total dos materiais componentes das placas, sejam eles, vidro, plástico, alumínio, cobre e prata, para posterior envio à indústria que utiliza tais matérias primas.

Alguns países adotam o sistema de reciclagem total das placas com a devida separação dos materiais para reuso, outros optam por “terceirizar” o problema, enviando o material para países onde a legislação ambiental é fraca, e há os que descartam parte do material em aterros sanitários.

O grande dilema que a maioria dos países enfrenta na questão do devido descarte dos painéis solares é o elevado custo do processo. Os materiais apresentam diferentes níveis de reciclagem, sendo alguns como o alumínio de 100% de eficiência de recuperação, o silício 81% e a prata 40%, em conjunto com os respectivos valores de mercado, sendo o vidro o que apresenta o menor valor.

Este cenário é preocupante porque os países se deparam com a questão financeira do processo de reciclagem, ao mesmo tempo com a questão ambiental e também com a responsabilidade pelo correto manejo do material. As empresas fabricantes podem arcar com uma parte dos custos de reciclagem que são também repassados ao consumidor final, esta é uma possibilidade.

Uma coisa fica bastante clara para nós da Spin Solar. A energia solar é uma energia limpa e sustentável, uma realidade que cresce no mundo todo, visto que o impacto ambiental é menor e o retorno financeiro é garantido. Mas para garantir que este impacto ambiental seja reduzido ao máximo, é preciso cuidar desde já de como fazer o correto descarte das placas que virão nos próximos anos em nosso país e no mundo todo.

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